Depois da colisão, Prost abandonou mas Senna insistiu em continuar...
Prost chegava a Suzukaland com uma vantagem de 16 pontos. Ayrton, então, teria a obrigação de ganhar para poder (ainda) lutar pelo título em Adelaide, última prova. A pressão estava toda do lado do brasileiro, pela primeira vez na carreira.
Na qualificação, Senna brilhava mais uma vez, fazendo um tempão em 1:38:041, um segundo e 730 milésimas mais rápido que o francês e dois segundos e 146 milésimas mais veloz que o austríaco da Ferrari, seu futuro companheiro, Gerhard Berger.
O tempo para a corrida seria seco e nublado. Senna largava na pole-position, mas no lado sujo da pista. Na largada, Prost tomou a dianteira, mesmo ilegalmente, queimando a largada, sem qualquer tipo de punição. Prost sempre teve o campeão Senna nos seus retrovisores. Ayrton tinha o carro mais rápido que Prost, que por sua vez, tinha mais aceleração. Na passagem pela 360R é que se via a vantagem aerodinâmica do brasileiro.
Na volta 46 o incidente entre ambos aconteceu. Ayrton Senna tentou a ultrapassagem a Alain Prost na chicane. Mas o francês fechou-lhe a porta (de forma ilegal) e o inevitável aconteceu.
Os dois chocaram e parecia o fim de linha para ambos. Prost viu que não havia mais nada a fazer e saiu do carro. Senna não. Pediu aos fiscais japoneses para lhe empurrarem o carro. "Cortou" a chicane e com a asa dianteira partida, foi, depois de uma volta inteira de sacrifício, às boxes para repor a sua asa. Nisto, Alessandro Nannini, italiano da Benetton e irmão da famosa cantora Gianna Nannini, passa.
Ayrton Senna sai 6 segundos atrás de Sandro. Parte, como um louco, para cima do multicolor Benetton de Nannini. A 2 voltas do final, na volta 52, Senna passa Nannini na Casio Triangle Chicane. Recebe então, a bandeirada, no 1º lugar. O tema da vitória, tocado pela Globo em todas as vitórias de brasileiros, toca para Ayrton Senna. Mas fora da pista, Prost e os comissários discutiam a manobra que Senna fez na chicane, depois da colisão. Senna seria posteriormente desclassificado. A vitória (e única da carreira), ia para Nannini, com as Williams de Riccardo Patrese e Thierry Boutsen a cruzarem em 2º e 3º.
Voltando ao acidente. Esta imagem, retirada do blog Continental Circus, esclarece tudo:
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